26 JAN 2022 · No episódio desta semana, o jornalista Márcio Martins conversa com um empreendedor social que tem uma história de vida de muita determinação e sucesso. Lucas Lima nasceu no Complexo do Alemão e, mesmo sem condições financeiras, encontrou na família a motivação e o apoio de que precisava para ir atrás de seus sonhos. Formou-se em Engenharia Mecânica e criou um Espaço Maker na faculdade. Com acesso ao conhecimento teórico e equipamentos acadêmicos, Lucas passou a pesquisar insumos em ferros velhos até conseguir montar sua primeira impressora 3D. Hoje, ele produz impressoras de baixo custo e leva seu conhecimento técnico para as favelas, através do Projeto Infill, criado em 2019, uma escola de impressoras 3D dentro da comunidade do Alemão. Durante a pandemia da Covid-19, Lucas construiu 12 impressoras 3D, somente com sucata, e passou a produzir máscaras do tipo Face Shield para atender hospitais que não conseguiam comprar a quantidade necessária. Depois, passou a suprir as necessidades de três UPAs e de voluntários que levavam alimentos para as favelas. Pós-graduado na área de gestão de tecnologia, inovação e empreendedorismo, Lucas acumula prêmios, como os da Fundação Lemann, da Shell e até da Beygood, da cantora Beyoncé. Instagram: @infillrj e @lucasllima3d

19 JAN 2022 · Esta semana, o Conte Tudo & Conteúdo traz o Coordenador Pedagógico do Ensino Médio no Colégio Pensi, Rodrigo Retka, para falar sobre um tema que chega às escolas do Brasil em 2022: as mudanças no Ensino Médio, suas regras e desafios. O professor traz reflexões importantes para que a nova realidade pedagógica seja de fato transformadora. Uma delas, é a aproximação do Ensino Médio com o Ensino Superior, trazendo conhecimento de áreas com as quais os alunos possam ter afinidade na escolha profissional. Para Rodrigo, todo processo de transformação traz preocupações e a principal delas é como cada escola vai se adaptar à nova realidade. Ele conta como está sendo a transição do antigo para o novo Ensino Médio no Colégio Pensi. Rodrigo também comenta os cenários da educação na pandemia: o estudo online, o presencial e o híbrido - os ganhos e perdas em dois anos de Covid-19. Uma curiosidade é que Rodrigo Retka tem um canal no YouTube: "Arte de Segunda", com conteúdo de arte e cultura. O professor youtuber conta como nasceu a ideia de fazer um canal para se reconectar com questões sociais que fizeram parte de sua trajetória de vida. Instagram: @rodrigoretka YouTube: Arte de Segunda

12 JAN 2022 · Neste episódio, você vai conhecer a Facilitação Visual, uma ferramenta de comunicação cada vez mais utilizada no meio corporativo. O jornalista Márcio Martins conversa com a designer Luísa Diebold, que conta como a Facilitação Visual ajuda no engajamento de conteúdo, fazendo com que as pessoas tenham mais capacidade de guardar as mensagens principais a partir de um resumo visual. A designer, que é uma entusiasta do conceito de abundância, acredita que quanto mais pessoas conhecerem essa ferramenta, mais trabalho surgirá na área, que está em franca expansão. Apesar de a Facilitação Visual ser muito nova no Brasil, é bastante conhecida no mundo, principalmente na Europa. Luísa também fala sobre seu processo de criação, que passa por briefing, colheita de informações, escolha de elementos, formatos e modelos de entrega. E quando se trata de inclusão, a Facilitação Visual também é uma resposta eficaz para questões como deficiência auditiva ou cognitiva. Para Luísa, o ser humano, que aprende a desenhar na infância, jamais deveria parar de fazê-lo. Por questões sociais, o desenho é visto como algo que remete à infância e é abandonado assim que as pessoas se percebem em crescimento. Um equívoco que a Facilitação Visual vem para desmistificar. Luísa Diebold: Instagram: @luisadiebold @ceuazulfacilitacao YouTube: Céu Azul Facilitação

6 JAN 2022 · O primeiro episódio do ano traz dois temas importantes que vão pautar 2022: Saúde e Mercado de Trabalho. Convidamos os mesmos especialistas de um ano atrás para traçar as perspectivas sobre essas áreas: Dr. Alexandre Bahia, Mestre em Ciências Cardiovasculares, e o Consultor e Mentor em Gestão de Pessoas, Maurício Seixo. Na pauta médica, o assunto principal, é a Covid-19. Dr. Bahia ressalta a evolução do combate à doença graças a pesquisas constantes de novas e cada vez mais eficazes vacinas, assim como o avanço na criação de novos medicamentos. O cardiologista comenta casos de sequelas que não pouparam sequer atletas de alto rendimento, acostumados a uma vida saudável. Ele também traz relatos não só de sequelas físicas, mas psicológicas, inclusive em pessoas que não foram infectadas pelo vírus, mas acabaram sendo afetadas pela pandemia com doenças como síndrome do pânico, depressão e transtorno de ansiedade. Já na pauta de Recursos Humanos, Maurício Seixo traça um panorama do mercado de trabalho, começando pela revolução causada pela pandemia através do trabalho à distância. Ele traz para reflexão a produtividade do home office, a eficácia dessa solução que virou tendência mundial e os limites que devem ser respeitados tanto por patrões quanto por empregados. Para Maurício, esse processo ainda passará por transformações, uma vez que o relacionamento humano à distância não substitui o contato pessoal, muitas vezes necessário para resolver questões rápidas e informais, ou para trocar ideias. O especialista ainda comenta sobre a corrida por cursos à distância, a necessidade de formação rápida num mercado que, cada vez mais, exige profissionais multitarefa. Instagram: @dr.alexandrebahia @maurícoseixo LinkedIn: Alexandre Bahia B. Martins Maurício Seixo

22 DEC 2021 · No episódio desta semana, o jornalista Márcio Martins conversa com Maria Helena Carmo, Relações Públicas, Mestra e Doutora em Comunicação e Pesquisadora em Comunicação e Cidade. Maria Helena traça um perfil dos grandes eventos, como Copa do Mundo de Futebol e Jogos Olímpicos, considerados Megaeventos, os impactos que esses eventos tiveram no Brasil e as promessas de legado que não foram cumpridas. A pesquisadora também analisa os fatores que tornam um evento bem-sucedido, como os Jogos de Londres, ou malsucedido, como o de Atenas, e cita o caso de Barcelona, como o de uma Olimpíada que acabou promovendo o turismo predatório, extrapolando as expectativas. As manifestações das populações nas cidades sedes, urbanismo, investimento, legado social, ambiental e cultural também são alguns dos temas trazidos pela convidada. Para Maria Helena, ainda falta compromisso dos organizadores com o pós-evento. Ela lembra que, após seis anos dos Jogos Rio 2016, muitas promessas ainda não foram cumpridas. Instagram: @mhcarmo e-mail: maria.helena@facha.edu.br

15 DEC 2021 · No episódio desta semana, você vai conhecer uma cientista de espírito aventureiro: Juliana Sayão, Paleontóloga do Museu Nacional e Vice-Coordenadora do Paleontar. Juliana é pesquisadora do PROANTAR, Programa Antártico Brasileiro, um programa estratégico do Governo Federal, considerado um dos melhores da América Latina. Por conta desse programa, a cientista foi à Antártica quatro vezes e conta como foram essas viagens, desde o planejamento, que pode durar um ano inteiro, até a execução. A mais longa expedição durou 52 dias, longe da família e sem qualquer tipo de conforto, como banho, alimentação natural e comunicação. A cientista relembra como superou experiências tensas e assustadoras, em que foi surpreendida por mudanças repentinas de clima que provaram sua capacidade de sobrevivência em situações adversas. Juliana ressalta a importância da Antártica para diversos estudos, como fenômenos climáticos, elevação do nível do mar, biodiversidade, medicina etc. A paleontóloga fala também sobre descobertas recentes de um fóssil de lagostim do período Cretáceo e vestígios de incêndios vegetacionais na Antártica. Mas as pesquisas de Juliana vão além além do extremo sul do planeta. Ela também relata suas viagens à China, onde foram encontrados mais de 200 fósseis de ovos de Pterossauros. Antes da descoberta, eram apenas dois no mundo todo. E por ser o Brasil um dos principais depósitos de pterossauros do mundo, os chineses convidaram pesquisadores brasileiros para capacitar seus paleontólogos. Juliana sonha que mais mulheres se tornem cientistas. Para isso, sugere que sejam produzidos mais brinquedos científicos e que pais de meninas as estimulem a brincar e jogar com esses brinquedos. A paleontóloga, que adora conversar com crianças sobre o universo da ciência, pode ser encontrada no Instagram, Twitter e Facebook @paleontar. Seu trabalho também pode ser acompanhado pelo Instagram @museunaconal1818.

8 DEC 2021 · No Conte Tudo & Conteúdo desta semana, o jornalista Márcio Martins conversa com o professor, sanitarista e psicólogo Salvador Campos Correa sobre o Dezembro Vermelho. Dezembro Vermelho é um período de mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) e chama a atenção para a prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas que vivem com o HIV. O convidado conta a origem do Dezembro Vermelho e apresenta um panorama geral dos avanços e retrocessos sobre o tema ao longo da última década. Apesar da evolução da ciência, permanecem muitos estigmas por parte da sociedade, que ainda confunde HIV e AIDS, ou seja, o vírus e a doença. Salvador deixa claro que, já há bastante tempo, é possível a uma pessoa que vive com o vírus ter uma vida normal e reforça a necessidade de se retomar políticas de prevenção e conscientização que deram certo no passado a fim de conscientizar a população. O convidado comenta o aumento dos índices de contaminação entre os jovens, a necessidade de incentivar o uso de preservativos mesmo com a adoção de novos medicamentos preventivos e a necessidade da atualização dos medicamentos oferecidos pelo SUS. Salvador, que é portador do HIV, comenta como as pessoas infectadas pelo vírus normalmente reagem à notícia e conta como ele mesmo passou por isso e como lidou com a situação a partir da produção de textos e do roteiro para uma peça de teatro. INSTAGRAM: @salvadorcamposcorrea LINK PARA CAMINHOS POSITIVOS: https://l.instagram.com/?u=https%3A%2F%2Flinktr.ee%2Fcaminhosposithivos&e=ATNdpMc3IelLqqUToQZAL1oOsmrbkAFam6hoP7PUL5dQDWiY_W9YsrF3ITlAgPFTi0jBvoJCSdM4FzVQLHVPoInftSOqWBUs2XCWMQ&s=1

1 DEC 2021 · Duas décadas nos separam do dia em que o Mundo parou para acompanhar, perplexo, ao atentado ao maior símbolo do poder econômico dos Estados Unidos: o World Trade Center, as Torres Gêmeas. No dia 11 de setembro de 2001, a jornalista, documentarista e escritora, Simone Duarte, então chefe do escritório da TV Globo em Nova Iorque, entrou no ar, ao vivo, para relatar aos brasileiros o que estava acontecendo naquela manhã de terror. Simone é a entrevistada do jornalista Márcio Martins, no episódio desta semana, e traz detalhes sobre seu livro "O Vento Mudou de Direção", lançado em setembro deste ano. Os registros daquela transmissão ficaram para trás. Simone não quis mais vê-los. Mas as cenas e, principalmente, as questões que envolviam o fato não saíram de sua cabeça. Inquieta, de espírito livre, empreendedor e faro jornalístico apurado, Simone se lançou ao mundo, especificamente ao Oriente Médio, para buscar respostas, encontrar pessoas que foram afetadas, de diversas maneiras, pelo episódio. Mas a escritora não escolheu qualquer personagem. Seu foco, na guerra ao terror, não era a miséria humana. Era um olhar sobre o cotidiano de vidas impactadas pelo 11 de setembro, pessoas comuns, refugiados de classe média. E assim ela chegou a sete pessoas de quatro diferentes nacionalidades: Afeganistão, Paquistão, Iraque e Síria. Na conversa com Márcio, Simone conta como chegou a cada um de seus entrevistados: o perigo, a paciência diante dos obstáculos, as revelações. Uma conversa que ajuda a entender os porquês desse grande barril de pólvora prestes a explodir a qualquer momento.

24 NOV 2021 · A “brincadeira” de uns certamente será a tristeza de outros. O “engraçado” é ofensa e demonstração de preconceito. Sinal dos tempos... Tempos obscuros! No Conte Tudo & Conteúdo desta semana, o jornalista Márcio Martins conversa sobre Cyberbullying com Taiza Ferreira, Mestre em Saúde Pública e doutoranda em Saúde Coletiva. Taiza, que tem várias publicações sobre o tema, traz à tona alguns de seus objetos de pesquisa, como as práticas de violência nas redes sociais, o despreparo das famílias diante do assédio, a inabilidade das escolas com o bullying no ambiente digital. A pesquisadora alerta que a desigualdade social na pandemia acabou vulnerabilizando crianças e jovens que tiveram expostas suas condições sociais pelas câmeras. Taiza revela que uma pesquisa recente do UNICEF constatou que muitas crianças estão receosas de voltar às aulas presenciais e se depararem com seus agressores. Segundo ela, há avanços na legislação, mas os pais ainda são os que mais podem ajudar os filhos a se manterem seguros, dando orientações e ficando atentos ao que estão consumindo na Internet. O cyberbullying é um problema mundial presente em todas as faixas etárias e condições sociais, sendo um propagador do ódio, das desigualdades e dos preconceitos raciais, sociais, de gênero, de idade etc. Estar atento e denunciar é uma obrigação de todos. Artigos publicados por Taiza Ferreira: SOCIABILIDADE DIGITAL, HIPERVISIBILIDADE E O ATAQUE A FACE CHAMADO CYBERBULLYING: http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/bauman/article/view/14238/8369 CYBERBULLING: CONCEITUAÇÕES, DINÂMICAS, PERSONAGENS E IMPLICAÇÕES À SAÚDE: https://www.scielo.br/j/csc/a/WJYc64dg9Rjxh8k4rJc53gL/?lang=pt CYBERBULLYING DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: DEFINIÇÕES, ASSOCIAÇÕES COM A SAÚDE, A EDUCAÇÃO E PROPOSTAS DE AÇÃO: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34283/2/ve_Taiza_Ramos_ENSP_2018 BULLYNG COMO UM SUBTIPO DE VIOLÊNCIA NO ÂMBITO ESCOLAR E SUAS REPERCUSSÕES NO CAMPO DA SAÚDE E DO DIREITO: http://revista.fundacaoaprender.org.br/?p=96 DIVULGA ENSP: VIOLÊNCIA DIGITAL É TEMA DE PESQUISA DA ESCOLA: http://informe.ensp.fiocruz.br/noticias/52010

18 NOV 2021 · De que forma podemos estar mais abertos às questões de gênero, termos mais empatia pela causa? Como ajudarmos a construir um mundo mais igualitário para todes, todas e todos? No Conte Tudo & Conteúdo desta semana, Dan Kaio Lemos, antropólogo, doutorando em ciências sociais e coordenador nacional do Instituto Brasileiro de Transmasculinidade, conversa sobre Masculinidade Positiva com o jornalista Márcio Martins. Com relatos pessoais e vivências no campo da educação e pesquisa, Dan traz histórias que mostram a dura realidade das pessoas LGBTQIAP+, como encontram forças para enfrentar ou, simplesmente, se excluem por não saberem como combater a violência e o preconceito. Para Dan, a sociedade tem uma percepção equivocada do que extrapola o direito de cada um, desrespeitando pessoas que não seguem o padrão de gênero, historicamente heterossexual. Muitos preconceitos estão enraizados e camuflados em uma espécie de ‘’normalidade’’, sem que as pessoas percebam, ou não queiram perceber, a agressão que estão cometendo contra essa população, seja em escolas, universidades, no ambiente corporativo, no cotidiano etc. Dan defende que é preciso desconstruir a matriz daquele "homem ideal", considerado legítimo na sociedade, e abrir portas para o universo LGBTQIAP+. O antropólogo ainda comenta os retrocessos no Brasil a partir da mudança de governo, em 2019.