Olá, hoje é 29 de setembro de 2022, meu nome é Bruno Viglioni, sou Assessor de Agronegócios do Banco do Brasil em Belo Horizonte e falaremos sobre o cenário da suinocultura independente.
Dezembro chegou com boas notícias para a suinocultura brasileira, mas ainda aquém do esperado para superar as perdas financeiras ocorridas desde março de 2021, causados pela alta significativa do custo de produção e desvalorização do suíno no mercado interno.
As exportações iniciaram este ano com baixo volume, 16,2% inferior o mesmo período de 2021, influenciado principalmente pela redução de mais de 24% da importação da China, maior comprador externo do suíno brasileiro. Já no segundo semestre, houve recuperação dos volumes exportados, puxados por novos mercados, como países asiáticos, africanos, EUA e o México, terceiro maior importador de carne suína do Brasil. Com isso, a previsão para 2023 é de que o desempenho com as exportações de carne suína brasileira seja um pouco melhor que o de 2022.
No mercado interno, a alta oferta de animais no mercado pressionou negativamente o preço do suíno terminado, recuperando apenas a partir de agosto deste ano. Para atender as festas do final de ano, houve muita procura pela carne suína, o que acarretou o aumento do preço do animal devido à alta demanda. Assim, além da melhora no mercado interno, as exportações contribuíram para conter a pressão interna, mantendo o mercado aquecido para suinocultor.
Outro ponto que influenciou bastante a atividade foi o alto custo de produção dos últimos anos, por conta preço da saca de milho e farelo de soja, principais componentes da ração. Em novembro, de acordo com o ICP Embrapa, o custo de produção ficou 1,72% mais elevado que o de outubro, acumulando alta de 14% neste ano. Mesmo com a boa produção de milho, as exportações e o dólar fizeram com que as cotações ficassem em preços elevados, influenciando as margens do produtor. A tendência é seguir em alta, sem previsão de queda até o início de colheita da segunda safra de milho.
A relação de troca do suíno para esses insumos melhorou, puxado principalmente pelo bom desempenho do preço do animal.
Nesse cenário, é importante utilizar mecanismos para equalizar os custos, que pode ser tanto a aquisição antecipada do milho e do farelo de soja, como a proteção contra elevação de preços do cereal no mercado financeiro, por meio das opções Agro do BB.
Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima.
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