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27/03/2023 - Perspectiva semanal: mercado agro

27/03/2023 - Perspectiva semanal: mercado agro
Mar 27, 2023 · 5m 57s

Olá! Hoje é segunda-feira, 27 de março, meu nome é Maria Jânia, assessora na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio...

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Olá! Hoje é segunda-feira, 27 de março, meu nome é Maria Jânia, assessora na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo. Iniciamos nosso panorama pela soja.
O mercado financeiro ainda exercerá influência nas cotações das commodities, a aversão ao risco permanece, ainda que muito incerto e focado na fragilidade do sistema bancário dos EUA e da Europa, aguardando novos desdobramentos. O efeito no câmbio em economias em desenvolvimento, após o Federal Reserve ter elevado a taxa básica de juros nos EUA gerará impacto adicional.
Adicionam também pressão de na semana a conclusão da safra da América do Sul, com destaque para aproximação da fase final da colheita no Brasil, que enfrenta problemas de logística para escoamento e percentual baixo de comercialização da safra 22/23.
Em contraponto, na Argentina, houve novo registro de redução da estimativa de safra, fundamento que pode dar suporte aos preços, principalmente, em função da menor oferta global de farelo e óleo. Os preparativos para a safra 23/24 dos EUA entram no radar, assim como a demanda, ainda preliminar, da China.
Com perdas consideráveis na semana anterior, o mercado tende a reduzir o canal de baixa, direcionando para uma estabilidade no curto prazo. A perspectiva de baixa para o médio prazo permanece, balizada pela oferta do Brasil e aversão ao risco ainda presente.
Em relação ao milho, as cotações no mercado externo estão sensíveis a novos fundamentos e ao rumo da economia global. Caso a última semana de março não apresente novidades e a demanda por milho americano enfraqueça, os preços na Bolsa de Chicago poderão reagir negativamente.
Na Argentina, a previsão climática de volumes maiores de chuvas na região Norte pode beneficiar as lavouras de milho, que têm apresentado perda de potencial produtivo devido ao clima seco. Apesar da melhora climática, a quebra de produção no país deve continuar a exercer suporte nas cotações.
Conforme divulgado pela Conab, com 85% da área da 2ª safra semeada, 78,5% encontra-se em desenvolvimento vegetativo, 16,4% em emergência e 4% em floração. As previsões climáticas são boas para a maioria das regiões produtoras no Brasil, sinalizando um promissor início de safra.
Com a colheita da safra verão chegando próxima da metade da área estimada e as exportações perdendo ritmo no final do mês, a maior disponibilidade do grão no mercado interno pode levar a um viés baixista no curto prazo, mas continua estável no médio prazo.
Para o café, a demanda interna da indústria segue reduzindo a disponibilidade de conilon para a exportação, fato que deve se manter mesmo com a proximidade do inicio de colheita, vista a substituição do arábica em níveis superiores pelo conilon para redução de custos pelas indústrias. O mercado interno ainda segue invertido, sob efeito dos baixos estoques, que mantém demandas de curto prazo com alta volatilidade, ofertando ainda alguns repiques de alta nos preços e oportunidades para o produtor comercializar o reduzido estoque remanescente. No entanto, perspectivas de recuperação na oferta no médio prazo incentivam a protelação de demandas e/ou a busca no mercado spot externo, devido à menor competitividade do produto brasileiro, que mantém diferenciais positivos ante NY.
A proximidade da colheita e estimativa de maior oferta do produto brasileiro mantém preços futuros com deságio ante o físico atual, reduzindo margem para especulação com estoque remanescente.
Outono chegando com bons níveis de umidade do solo e clima com temperaturas amenas, favorecem as lavouras.
E finalizando com o Boi Gordo ressaltamos que: Há rumores de que novos casos de peste suína africana (PSA) foram detectados na China. Entretanto, não há confirmação oficial da Organização Mundial de Saúde Animal ou do Governo chinês. A doença reduziu o plantel suíno em 2018/19 (27,5%) e fez com que a China expandisse a compra de carne bovina, suína e de frango, fato que alavancou as exportações brasileiras. Caso a PSA volte ao radar, no médio e longo prazo, há potencial para limitar a pressão baixista da @, decorrente da inversão do ciclo pecuário no Brasil. O mercado tende a reagir positivamente com o retorno das exportações brasileiras de carne bovina à China, anunciado nesta quinta-feira (23), após um mês de suspensão.
Pecuaristas contam com a possibilidade de segurar o animal por mais tempo no pasto, que se encontra em boas condições em decorrência das chuvas. Assim, conseguem aguardar o melhor momento para negociá-lo. Por outro lado, os frigoríficos vinham operando de maneira cautelosa, com escalas de abate mais curtas, em decorrência do embargo das exportações à China. Com a reabertura das negociações com o gigante asiático, o fluxo de negociações tende a se intensificar. Tal fato sugere que devam ocorrer altas pontuais no mercado físico no curto prazo.

Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
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Author Broto
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