20/03/2023 - Perspectiva semanal: mercado agro
Sign up for free
Listen to this episode and many more. Enjoy the best podcasts on Spreaker!
Download and listen anywhere
Download your favorite episodes and enjoy them, wherever you are! Sign up or log in now to access offline listening.
Description
Olá! Hoje é segunda-feira, 20 de Março, meu nome é MARIANA CARVALHO ROSA TOGNOLI, assessora na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva...
show moreIniciamos nosso panorama pela soja, a colheita no Brasil deverá ganhar ritmo na região centro-sul do país, em destaque no PR. Na Região centro-norte, as chuvas serão volumosas e deverão atrapalhar os trabalhos de campo. Ressaltamos que o percentual de 60% da área já colhida está próximo da média de cinco safras. Na ARG, o clima ainda causa danos às lavouras, os índices de condições de desenvolvimento entre normais e bons são baixos e, com a previsão de poucas chuvas, não deverão sofrer alteração.
As preocupações com o sistema bancário internacional seguirão pressionando o mercado de commodities, principalmente, pelo sentimento de forte aversão ao risco. Ainda permanecem no radar os reflexos do combate à inflação em economias desenvolvidas, os temores relacionados a uma possível recessão e às tensões geopolíticas sobre Taiwan, também a guerra entre Rússia e Ucrânia.
As exportações semanais dos EUA vêm diminuindo, refletindo a estratégia de importação da China, que tenderá a aproveitar a janela de oferta na América do Sul. A quebra de safra argentina e problemas de logística no Brasil seguem como contraponto à pressão baixista. Assim, o mercado deverá seguir com perspectiva de estabilidade para o curto prazo e de baixa para o médio prazo.
Em relação ao milho, as cotações externas têm apresentado elevada volatidade nas últimas semanas, seja pelas estimativas de produção global do cereal e sua respectiva oferta e demanda, seja pelo cenário macroeconômico. Os desdobramentos com relação à economia mundial e os volumes de exportação nos EUA poderão levar a mais uma semana com alta volatilidade em Chicago.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu novamente a estimativa de produção de milho na Argentina, agora apontada em 36 mi t ante 37,5 mi t na semana passada. Segundo o órgão, os últimos dias de calor intenso prejudicaram ainda mais o potencial produtivo, refletindo nesse corte consecutivo da produção total. As previsões climáticas apontam para maiores chuvas nos próximos dias que, se ocorrerem, poderão atenuar as perdas. Entretanto, o cenário já consolidado de quebra de safra deve trazer suporte às cotações internas.
No Brasil, com consumidores esperando preços menores para novas aquisições e produtores retraídos nas vendas, as cotações no mercado físico podem se manter estáveis, seguindo o mesmo movimento da semana anterior.
Para o café, mercado ainda invertido, com baixos estoques, mantém demandas de curto prazo com alta volatilidade. No entanto, perspectivas de recuperação na oferta no médio prazo incentivam a protelação de compras em um mercado com menor intensidade na demanda. Preços nos pregões recentes da Bolsa de NY para arábica entre 173 a 180 US$c/lb e para robusta entre 2057 a 2075 US$/t mantém interesse da indústria no uso do conilon em maior nível nos blends com vistas à obtenção de margens mais remuneradoras.
A maior relutância do produtor brasileiro de arábica em negociar o remanescente da safra aos preços atuais nesta entressafra ainda permite manter o preço da origem Brasil em níveis superiores à arbitragem NY/B3.
Resultados de queda nos embarques de importantes países produtores como Brasil, Colômbia, Guatemala, a declaração da Federação dos Cafeteros da Colômbia de menor produção neste semestre e redução de estoques na GCA em 1,8%, e a recuperação lenta nos estoques ICE NY arábica, são fatores que mantém a volatilidade no curto prazo.
Clima no Brasil benéfico à safra a ser colhida em 2023 e ao desenvolvimento vegetativo do café, favorecendo avaliações de melhoria na oferta ao longo de 2023/2024, tendem a pressionar cotações no médio prazo.
E finalizando com o Boi Gordo ressaltamos que:Pecuaristas e frigoríficos devem seguir cautelosos nas negociações, considerando a continuidade do embargo chinês e suas consequências no mercado interno.
Existe expectativa para a retomada das compras chinesas até o final do mês de março. No entanto, até o momento, não há qualquer indicativo que permita afirmar que isso ocorrerá de fato, sendo este prazo meramente especulativo.
Nesse contexto, as Indústrias devem manter suas ofertas pela arroba abaixo da referência, tendo como justificativa a ausência da China no mercado. Por outro lado, as chuvas seguem regulares e bem distribuídas em grande parte do país, proporcionando boas condições às pastagens, o que possibilita ao pecuarista reter o gado, limitando a oferta a fim de evitar recuos naturais no preço da arroba, ocasionados pela redução momentânea da demanda.
Assim, dado a disputa pela manutenção das margens (indústria e pecuaristas), espera-se mais uma semana com preços estáveis para a arroba bovina.
Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
Information
Author | Broto |
Organization | Broto |
Website | - |
Tags |
Copyright 2024 - Spreaker Inc. an iHeartMedia Company