17/02/2023 - Perspectiva semanal: mercado agro
Feb 17, 2023 ·
4m 42s
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Olá! Hoje é sexta-feira, 17 DE FEVEREIRO, meu nome é Carlos Eduardo , assessor na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do...
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Olá! Hoje é sexta-feira, 17 DE FEVEREIRO, meu nome é Carlos Eduardo , assessor na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.
Iniciamos nosso panorama pela soja.
Semana de feriado de carnaval no Brasil, contudo a colheita deverá ganhar ritmo. Os dados do NOAA, apontam redução das chuvas para a próxima semana na região Centro-oeste do país. Para o RS, são previstas precipitações com volumes reduzidos e irregulares, continuando a impactar as lavouras. Para a Argentina, são aguardadas chuvas para boa parte do núcleo produtor, com volumes de precipitação razoáveis. Destacamos que houve diminuição das projeções de produção para a safra da Argentina.
A China vem mantendo suas compras nos EUA, no entanto, com a maior oferta do grão na América do Sul, os traders tendem a aproveitar as boas oportunidades para comercialização no continente. No cenário macroeconômico, o risco de recessão, descontrole da inflação e conflitos geopolíticos ainda podem impactar os mercados. Ressaltamos a escalada de tensões entre EUA/China e Rússia/Ucrânia.
A colheita deverá se intensificar no Brasil e a pressão sobre os preços ganha força diante da maior oferta. Não obstante, a redução da safra da Argentina ainda exerce contraponto na oferta total. Assim, o mercado tende a seguir em estabilidade para o curto prazo e com baixa para o médio prazo, com foco na demanda chinesa.
Em relação ao milho,
As preocupações com o crescimento econômico mundial, taxa de juros e inflação podem trazer um viés baixista para a semana no mercado externo, na medida que os agentes especulam o impacto de uma possível recessão na demanda mundial do grão.
O clima no hemisfério sul segue em foco e as previsões climáticas apontam para volumes menores de precipitações na Argentina a partir de 18/02, o que pode prejudicar ainda mais as lavouras, causando mais perdas que as já estimadas. Esse fundamento tem trazido suporte às cotações nas últimas semanas.
No Brasil, a previsão climática aponta para pancadas de chuvas intercaladas com dias ensolarados no Centro-Oeste, que podem ser favoráveis para o avanço do plantio da 2ª safra. No mercado físico, a maior disponibilidade do cereal com a colheita da 1ª safra e o feriado de carnaval podem refletir em uma semana de estabilidade com viés de baixa.
Para o café,
Previsões climáticas indicam continuidade de precipitação e temperaturas amenas nas principais regiões cafeeiras, o que favorece o desenvolvimento vegetativo, porém aumenta a preocupação com fitossanidade das lavouras.
Discreta elevação na oferta do grão. Produtores que ainda possuem café armazenado resistem a ofertas maiores.
Desenvolvimento vegetativo do cafeeiro pode favorecer safra 23/24, mas recuperação na oferta pode pressionar preços futuros.
Robusta com baixos estoques na ICE Londres, preocupação com menor produção na Indonésia nesta safra e clima na Ásia sugere menor disponibilidade no período 23/24. Projeções de produção brasileira ainda aquém do potencial: entressafra Brasil e baixos estoques mantém mercado invertido nas bolsas de mercadorias do café com expectativa de recuperação na oferta da safra 23/24.
Semana curta com cenário interno e externo no curto prazo de elevada volatilidade com perspectivas de estabilidade a baixa moderada.
E finalizando com o Boi Gordo temos:
As quedas observadas no valor do animal de reposição ao longo do ano frente à cotação da @ do boi gordo, possibilitou melhora na relação de troca do boi gordo com o bezerro. Diante disso, ocorreu aumento do poder de compra dos pecuaristas que fazem a recria-engorda com reposição de animais.
As plantas voltadas ao mercado externo tendem a manter suas escalas de abate mais curtas, podendo atuar de forma mais agressiva no intuito de obter animais com padrão de exportação - “Boi China”, favorecendo os preços da @.
A movimentação cambial e o preço pago, em dólar, pela tonelada da carne bovina no mercado internacional são fatores importantes que devem ser acompanhados no médio prazo.
Assim, a tendência no curto prazo é de preços em estabilidade nas principais praças, com eventual ajuste positivo no mercado físico do boi gordo. Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
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Iniciamos nosso panorama pela soja.
Semana de feriado de carnaval no Brasil, contudo a colheita deverá ganhar ritmo. Os dados do NOAA, apontam redução das chuvas para a próxima semana na região Centro-oeste do país. Para o RS, são previstas precipitações com volumes reduzidos e irregulares, continuando a impactar as lavouras. Para a Argentina, são aguardadas chuvas para boa parte do núcleo produtor, com volumes de precipitação razoáveis. Destacamos que houve diminuição das projeções de produção para a safra da Argentina.
A China vem mantendo suas compras nos EUA, no entanto, com a maior oferta do grão na América do Sul, os traders tendem a aproveitar as boas oportunidades para comercialização no continente. No cenário macroeconômico, o risco de recessão, descontrole da inflação e conflitos geopolíticos ainda podem impactar os mercados. Ressaltamos a escalada de tensões entre EUA/China e Rússia/Ucrânia.
A colheita deverá se intensificar no Brasil e a pressão sobre os preços ganha força diante da maior oferta. Não obstante, a redução da safra da Argentina ainda exerce contraponto na oferta total. Assim, o mercado tende a seguir em estabilidade para o curto prazo e com baixa para o médio prazo, com foco na demanda chinesa.
Em relação ao milho,
As preocupações com o crescimento econômico mundial, taxa de juros e inflação podem trazer um viés baixista para a semana no mercado externo, na medida que os agentes especulam o impacto de uma possível recessão na demanda mundial do grão.
O clima no hemisfério sul segue em foco e as previsões climáticas apontam para volumes menores de precipitações na Argentina a partir de 18/02, o que pode prejudicar ainda mais as lavouras, causando mais perdas que as já estimadas. Esse fundamento tem trazido suporte às cotações nas últimas semanas.
No Brasil, a previsão climática aponta para pancadas de chuvas intercaladas com dias ensolarados no Centro-Oeste, que podem ser favoráveis para o avanço do plantio da 2ª safra. No mercado físico, a maior disponibilidade do cereal com a colheita da 1ª safra e o feriado de carnaval podem refletir em uma semana de estabilidade com viés de baixa.
Para o café,
Previsões climáticas indicam continuidade de precipitação e temperaturas amenas nas principais regiões cafeeiras, o que favorece o desenvolvimento vegetativo, porém aumenta a preocupação com fitossanidade das lavouras.
Discreta elevação na oferta do grão. Produtores que ainda possuem café armazenado resistem a ofertas maiores.
Desenvolvimento vegetativo do cafeeiro pode favorecer safra 23/24, mas recuperação na oferta pode pressionar preços futuros.
Robusta com baixos estoques na ICE Londres, preocupação com menor produção na Indonésia nesta safra e clima na Ásia sugere menor disponibilidade no período 23/24. Projeções de produção brasileira ainda aquém do potencial: entressafra Brasil e baixos estoques mantém mercado invertido nas bolsas de mercadorias do café com expectativa de recuperação na oferta da safra 23/24.
Semana curta com cenário interno e externo no curto prazo de elevada volatilidade com perspectivas de estabilidade a baixa moderada.
E finalizando com o Boi Gordo temos:
As quedas observadas no valor do animal de reposição ao longo do ano frente à cotação da @ do boi gordo, possibilitou melhora na relação de troca do boi gordo com o bezerro. Diante disso, ocorreu aumento do poder de compra dos pecuaristas que fazem a recria-engorda com reposição de animais.
As plantas voltadas ao mercado externo tendem a manter suas escalas de abate mais curtas, podendo atuar de forma mais agressiva no intuito de obter animais com padrão de exportação - “Boi China”, favorecendo os preços da @.
A movimentação cambial e o preço pago, em dólar, pela tonelada da carne bovina no mercado internacional são fatores importantes que devem ser acompanhados no médio prazo.
Assim, a tendência no curto prazo é de preços em estabilidade nas principais praças, com eventual ajuste positivo no mercado físico do boi gordo. Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
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