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13/02/2023 - Perspectiva semanal: mercado agro

13/02/2023 - Perspectiva semanal: mercado agro
Feb 13, 2023 · 4m 3s

Olá! Hoje é segunda-feira, 13 DE FEVEREIRO, meu nome é ALEXANDRE BITTENCOURT, assessor na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio...

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Olá! Hoje é segunda-feira, 13 DE FEVEREIRO, meu nome é ALEXANDRE BITTENCOURT, assessor na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho e boi gordo.

Iniciamos nosso panorama pela soja.
Segundo o NOAA, as condições meteorológicas para a próxima semana serão mais favoráveis à colheita no BR e chuvas menores são previstas nas regiões do centro norte e centro oeste do país. Para o RS, precipitações com volumes variando de 15 a 40mm estão previstas, amenizando os efeitos da estiagem sobre as lavouras. Para a Argentina, as chuvas são aguardadas para boa parte do núcleo produtor, com elevado volume.
Nos fundamentos, a China estará atenta ao bom volume de produção da safra do BR, aproveitando para realizar bons negócios. A demanda global foi mantida pelo USDA. É previsto crescimento da economia chinesa em 2023 diante das novas estratégias de controle da COVID e retomada dos investimentos. No entanto, no cenário macroeconômico, o risco de recessão, descontrole da inflação e conflitos geopolíticos ainda podem impactar os mercados.
Para a semana, a colheita deverá se intensificar no BR e, com a confirmação das boas produtividades, a pressão negativa sobre os preços é considerada. Assim, o mercado tende a seguir em estabilidade com viés de baixa para o curto e médio prazo, com foco na demanda chinesa.
Em relação ao milho, o mercado externo seguirá acompanhando o clima no hemisfério sul, podendo dar suporte nas cotações. As previsões climáticas apontam chuvas irregulares na Argentina, o que pode prejudicar ainda mais as lavouras. No relatório do dia 08, o USDA reduziu a safra do país vizinho em mais 5 milhões de toneladas, estimada agora em 47 milhões de toneladas que, se confirmada, seria a menor safra dos últimos 5 anos.
No Brasil, o clima também vem trazendo preocupações, em especial para a semeadura da 2ª safra. De acordo com a CONAB, há previsão de pancadas de chuvas que podem ultrapassar os 60 mm em grande parte do MS, Norte do MT e Centro-Sul de GO, possibilitando excessos de chuvas, que podem prejudicar ainda mais o plantio, que está atrasado em mais de 10% em relação ao ano passado.
No mercado físico, mantêm-se o cenário de maior disponibilidade do cereal com a colheita da 1ª safra e a finalização das vendas do milho da safra 2021/22, face a necessidade de liberar espaço nos armazéns para a entrada da soja, o que pode levar a uma semana de estabilidade com viés de baixa nos preços do cereal..


Para o café, previsão climática mantém bons volumes de chuvas e temperaturas amenas nas regiões cafeeiras, principalmente sobre as lavouras de café arábica em Minas Gerais. Pequeno atraso na execução dos tratos culturais, sem impacto na estimativa de produção.
Demanda mais forte, somada a preocupações com oferta no curto prazo, entressafra brasileira e valorização do real, tendem a continuar favorecendo os preços do café no curto prazo. Baixos estoques de café robusta e previsão de menor produção na Indonésia sugerem menor disponibilidade no período 2023/2024 e também são fatores altistas.
Estoques na ICE (870 mil sacas) e na GCA mantiveram-se estáveis e devem influenciar pouco as cotações na semana.
Desta forma, o cenário interno e externo no curto e médio prazo indicam estabilidade com pressão altista moderada, sendo amenizada longo prazo com previsão de clima favorável no Brasil.

E finalizando com o Boi Gordo temos: Devido ao recuo dos preços dos animais de reposição, pecuaristas que fazem o sistema de cria tendem a descartar mais fêmeas para ajuste de caixa. Essa estratégia seguirá ao longo de 2023.
Espera-se na próxima semana aumento da reposição entre o atacado e o varejo com a entrada do salário na economia. Assim, há a possibilidade de viés de alta no preço da carne, porém, limitada pela oferta de carne de frango (principal concorrente) no mercado. Para conhecimento, na relação de troca, a carne de frango é três vezes mais acessível na comparação ao traseiro bovino.
O feriado de carnaval poderá trazer alguma pressão compradora e refletir positivamente nos preços, porém esse possível aumento de demanda deve ser marginal, considerando o avanço do mês e o comprometimento salarial das famílias.
Considerando estes fatores, prevalecem no curto prazo mais fatores altistas. A possível alta tende a estar mais atrelada às escalas de abate mais enxutas dos frigoríficos exportadores, que devem atuar de forma mais agressiva e refletir positivamente no mercado físico e, principalmente, no mercado futuro. Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
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Author Broto
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