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19/12/2022 - Perspectiva semanal: mercado agro

19/12/2022 - Perspectiva semanal: mercado agro
Dec 19, 2022 · 5m 38s

Olá! Hoje é segunda-feira, 19 de dezembro de 2022, meu nome é Dione Souza, sou Gerente na Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil e trago a vocês as expectativas...

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Olá! Hoje é segunda-feira, 19 de dezembro de 2022, meu nome é Dione Souza, sou Gerente na Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.

Para a soja, a perspectiva é de que:

O mercado seguirá refletindo as preocupações com o clima na América do Sul, em especial a Argentina. As chuvas que chegaram ao país nos últimos dias foram boas, porém, ainda insuficientes para mudar o cenário da safra no curto prazo.

No Brasil, o quadro é mais favorável para essa semana, o NOAA sinaliza chuvas acima de 100 milímetros em pontos do Sudeste, Centro-Oeste e Matopiba, no entanto, o modelo chama atenção ainda para o corte das chuvas no Sul do Brasil, com destaque para a fronteira oeste do Rio Grande do Sul, que não deve receber nenhuma chuva nos próximos dias. Mesmo assim, segue firme a estimativa de safra para o BR, fator limitador de alta dos preços.

A flexibilização das medidas de controle da Covid por parte da China, tem viés positivo no consumo e mercado. Contudo, o possível quadro de recessão global e tensões geopolíticas oriundas do conflito entre Rússia e Ucrânia seguem como fatores baixistas.

Assim, o mercado tende a seguir em estabilidade, tanto no curto, quanto médio prazo, podendo sofrer oscilações em função dos boletins meteorológicos com impacto para a América do Sul.

Em relação ao milho:

As preocupações com a economia global e a inflação podem influenciar negativamente as cotações em Chicago. Do outro lado, o direcionamento do Banco Central Americano (FED), com suas projeções para a economia e reduzindo o ritmo de elevação de juros no país contrapõe o fundamento anterior.

A previsão climática para a próxima semana na Argentina apresenta volumes maiores de chuvas em relação à semana anterior, podendo melhorar a disponibilidade de água no solo argentino e contribuir para o avanço da semeadura. O mercado externo está acompanhando a situação das lavouras no hemisfério sul, pois caso as chuvas não ocorram, a situação das lavouras argentinas poderá trazer suporte nas cotações na CBOT.

No Brasil, a previsão climática para o Rio Grande do Sul continua não sendo favorável, apontando para chuvas irregulares. O potencial produtivo pode continuar sendo comprometido, trazendo um viés de estabilidade ou de ligeira alta no mercado interno, apesar da sinalização de ritmo fraco dos negócios para o fim do ano, com os consumidores já abastecidos.

Para o café:

Os principais institutos de meteorologia indicam maior volume de chuvas nos próximos dias no cinturão produtor de café, expectativa esta que, se confirmada, poderá exercer pressão negativa nas cotações do café em NY, com reflexos na precificação interna do grão.

O clima favorável à colheita na América Central, Colômbia e México, e o ritmo favorável também no Vietnã, aumenta a perspectiva de maior oferta nas regiões produtoras dos cafés arábica e robusta no curto e médio prazo.

Estes fatores baixistas são preponderantes no momento e tendem a afetar o ritmo de vendas, que já é de tendência de baixa. Desta forma, a comercialização deverá seguir arrefecida, com produtores afastados dos negócios e aguardando repiques de alta para negociar.

O clima no Brasil é o principal fator de volatilidade na semana e, caso as chuvas esperadas em maior volume ocorram, os preços do café deverão seguir movimento baixista.

E, para o boi gordo, destacamos que:

O mercado de reposição, em função da fase do ciclo pecuário e cotação estável da arroba, siga com a tendência de preços acomodados para o curto prazo.

A recuperação dos preços da arroba em algumas praças, como Centro-oeste e Norte, ofereceu margem para os pecuaristas, porém o fluxo de negociações tende a perder intensidade a partir da segunda quinzena do mês, algo natural para a época do ano, em que alguns frigoríficos se encontram bem-posicionados em suas escalas de abate, e outros optam em dar férias coletivas para seus funcionários.

Paralelo a isso, as grandes redes varejistas já têm seus estoques suficientes para o restante do ano. Dessa maneira, parece pouco provável recuperação no valor da arroba no curto prazo.

Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
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Author Broto
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