Olá! Hoje é segunda-feira, 21 de novembro, meu nome é Thania Karoline Furlaneto, assessora de Agronegócios em Lucas do Rio Verde – MT e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.
Iniciamos nosso panorama pela soja:
•A safra da América do Sul, a janela e ritmo de plantio bem como as condições meteorológicas para o desenvolvimento da cultura tornam-se os principais direcionadores das cotações na CBOT e podem trazer volatilidade adicional ao mercado. No BR, as chuvas volumosas previstas para o centro norte do país devem favorecer o avanço do plantio, principalmente no MATOPIBA, contribuindo com a perspectiva de safra recorde de 154 mi t. No RS, o plantio deve continuar lento, em função das poucas chuvas previstas.
•Na Argentina, os solos ainda estão sem umidade e necessitam de chuvas para iniciar o plantio. O mercado também seguirá pressionado pela entrada da safra dos EUA, em fase de conclusão da colheita. Com a oferta maior na América do Sul, a China tende a intensificar suas compras no BR e na ARG, pressionando CBOT. No financeiro, segue atenção nas tensões no leste europeu e indicadores das principais economias globais, vista possível recessão.
•Para a semana, o mercado seguirá em baixa no médio prazo, com viés de estabilidade no curto prazo, monitorando a safra da América do Sul, principalmente a do Brasil.
Em relação ao milho:
•Com o avanço das negociações para a renovação do acordo que permite a exportação de grãos de portos ucranianos pelo Mar Negro, as cotações externas poderão sofrer pressão baixista no período, refletindo a possibilidade redução o déficit global do cereal. A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou no dia 17/11 que o acordo foi prorrogado por mais 120 dias.
•Para o próximo relatório de avanço da colheita norte-americana, a ser divulgado pelo Departamento De Agricultura dos EUA, espera-se que a colheita seja finalizada. No último reporte, o USDA apontou para 93% da área colhida. A finalização da colheita e a comercialização do grão americano também reflete em viés de baixa para o mercado externo.
•No Brasil, as cotações internas podem ser influenciadas pela volatilidade do dólar no período e o avanço da comercialização interna, que está em ritmo mais lento em relação ao ano passado, o que pode levar a um movimento de estabilidade com viés de baixa no mercado à vista.
Para o café:
•O bom desempenho dos embarques, conforme apontado pelo Cecafé e por algumas Cooperativas, deve continuar em bom ritmo em novembro, atuando como fator baixista para a precificação do grão.
•Países da América Central, Colômbia e Vietnã continuam progressivamente elevando suas ofertas, o que mantem pressão baixista para as cotações internacionais do café. Por outro lado, Colômbia e Honduras continuam relatando problemas climáticos que podem prejudicar suas safras.
•A perspectiva para a semana é de continuidade da pressão negativa nos preços do café, observando o clima favorável no Brasil (maior produtor café arábica), que traz certo conforto de que a próxima safra terá produção normal. Porém, ainda não foram contabilizados os danos provocados pelas chuvas de granizo sobre a próxima safra 2023, o que poderá trazer volatilidade adicional ao mercado.
E, finalizando com o boi gordo, temos:
•A menor oferta de animais oriundos de confinamentos começa a dar indícios de menor oferta em algumas regiões e de maior procura dos frigoríficos para compor suas escalas de abate, o que pode trazer suporte com viés de elevação dos preços da arroba na semana, em especial no estado de São Paulo.
•Soma-se a isso, a entrada do décimo terceiro salário, a criação de postos temporários de emprego e a Copa do Mundo, importantes para o aumento do consumo no mercado interno no último bimestre e que impulsionam a reposição entre o atacado e o varejo, com possíveis reflexos positivos nos preços da @.
•Assim, em resumo, o encurtamento das escalas de abate dos frigoríficos poderá resultar em altas pontuais na próxima semana.
Conte sempre com a assessoria especializada em Agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável!
Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
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