Olá! Hoje é segunda-feira, 20 de setembro de 2021. Meu nome é Sergio Luiz Correa de Souza, assessor de Agronegócios do Banco do Brasil em Campos Novos, Santa Catarina, e vamos falar sobre o cenário do trigo.
Com a safra em andamento, as possíveis perdas começam a ser mais bem avaliadas. No Paraná, estado responsável por 45% da área plantada no país, as primeiras áreas começam a ser colhidas na região norte do estado, onde planta-se mais cedo (abril e maio), com redução no rendimento estimado em até 20%. Na média geral, as perdas previstas para o estado são pequenas, entre 5 e 10%. As condições climáticas (chuva e temperatura) se normalizaram, e os tratos culturais (adubação de cobertura e controle de pragas e doenças) estão sendo realizados normalmente.
Nas demais regiões produtoras do sul do país (Centro Sul do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), que apresentam os plantios mais tardios, as lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo e floração. Por este motivo, sofreram menos em relação à estiagem e às geadas que ocorreram nos meses de junho e julho, devendo, com isso, ter menores perdas em relação à produtividade inicial estimada. Ressaltamos que toda e qualquer análise de eventuais prejuízos deverá ser feita entre o produtor, sua assistência técnica e o perito, analisando caso a caso.
Outras regiões tritícolas produtoras, como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Bahia, são pouco representativas (5% da área total), impactando pouco no cenário nacional.
Com a alta do preço em dólar do produto no mercado internacional e certa estabilidade na cotação da moeda norte-americana, os preços no mercado interno também têm se mantido estáveis, com o produto sendo comercializado próximo a R$ 87,00/saca – preço base Paraná, mas apresentando uma leve alta em relação à última semana. Este preço, caso permaneça neste patamar, possibilitará ao triticultor uma boa rentabilidade, compensando, assim, eventuais perdas na produtividade.
Em relação ao mercado externo, tem-se outro fator que poderá refletir no mercado interno brasileiro: a baixa qualidade, até o momento, do trigo argentino. O cereal, tal como aqui, também sofreu com as intempéries climáticas. Caso este fator persista, o nosso mercado interno poderá ser afetado – tendo em vista que o país vizinho contribui com praticamente a metade do trigo consumido no Brasil.
A preocupação agora é com a eventual ocorrência de chuvas na fase da colheita, especialmente na região Sul do Brasil, que poderá prejudicar a qualidade do produto. A mudança no comportamento dos compradores pode fortalecer ou enfraquecer a demanda do mercado interno. E como podemos ajudar nossos clientes nesse momento?
O Banco do Brasil conta com dois produtos para ajudar os triticultores com seu fluxo de caixa, sendo eles: Cédula de Produto Rural (CPR) e financiamento de estocagem. Essas alternativas de crédito devem ser analisadas com seu gerente, levando em conta as perspectivas de mercado, as despesas de carregamento e estocagem e o custo financeiro da operação. Para mais informações, consulte sua agência BB.
Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima.
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