Só um complemento ao meu comentário anterior: eu disse que uma criança de seis anos foi torturada e morta. Sei que não há provas, nem sequer evidências de tortura física, antes da morte. Mas as condições todas: ter sido raptada, o tempo que passou em companhia de ""estranhos"", longe da mãe, longe da família, com pessoas que se fossem afetuosas ou empáticas não teriam feito o que fizeram. Enfim, isso é tortura emocional, pra dizer o mínimo! 

Sempre me interessei por histórias policiais e fiquei meio fascinada pelo podcast e o jeito com que o caso era narrado. Maravilhoso, me senti minha saudosa e querida avó ouvindo, longamente, os programas de rádio. Mas quase desisti de continuar ouvindo, de uns episódios pra cá. Bateu um desânimo de ver que o assassinato escabroso do menino se perdeu. O nome do Evandro nem é mais citado, os pais dele mal apareceram na história. Tornou-se um caso de tortura. Acredito que tenha acontecido, sim. Ou alguém aqui confessaria, facilmente, um crime hediondo desse? Alguma coisa assustadora os levaram a confessar. Pra mim, isso é óbvio. Só não creio que tenha sido exatamente como contam. Principalmente, a fala de Beatriz que me parece muito teatral. Mas só ela sabe o que aconteceu, de fato, e não me interessam os detalhes disso. Tortura é inadmissível, repugnante e muito mais. Mas acho que seria caso para um novo podcast, outro processo penal, outra história. O fato de terem sido torturados não anula o assassinato do menino. Por pior que tenha sido a tortura, Evandro morreu do jeito que morreu e isso, nenhuma tortura apaga. O foco minucioso dado, aqui, à tortura favorece uma confusão que é: tornar assassino cruel e perigoso em vítima. Eles podem ter sido vítimas de tortura, mas ainda, pra mim, são bem suspeitos de torturar e matar uma criança de seis anos de idade.