Settings
Light Theme
Dark Theme

23/01/2023 - Perspectiva semanal: mercado agro

23/01/2023 - Perspectiva semanal: mercado agro
Jan 23, 2023 · 5m 3s

Olá! Hoje é segunda-feira, 23 de janeiro, meu nome é Carlos Eduardo, assessor(a) na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio...

show more
Olá! Hoje é segunda-feira, 23 de janeiro, meu nome é Carlos Eduardo, assessor(a) na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.

Iniciamos nosso panorama pela soja.
Segundo o NOAA, estão previstas chuvas para boa parte da América do Sul. Para o Brasil, as maiores precipitações irão ocorrer nas regiões central, centro-norte, centro-oeste e sudeste. Na região sul, as chuvas são esperadas, porém em menor volume. Há chuvas previstas também para a Argentina e Paraguai, minimizando os impactos nas lavouras. Destacamos que os danos ocorridos nas lavouras da Argentina são irreversíveis.
O programa de importação de soja pela China para 2023 será um importante direcionador da bolsa de Chicago. Há expectativa de aumento da comercialização da safra do Brasil com a entrada de importadores chineses, haja vista que a maior oferta de soja no mercado físico é a brasileira, em decorrência do início da colheita, que deve ganhar ritmo no fim deste mês. Ainda segue refletindo na precificação da commodity o risco de recessão mundial e o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Mesmo com a entrada da safra brasileira, aumentando a oferta do produto no mercado, a diminuição da safra na Argentina deve manter o mercado em estabilidade para o curto e médio prazo.

Em relação ao milho,
A previsão climática para o período aponta maiores precipitações na Argentina e sul do Brasil (devendo favorecer o Rio Grande do Sul). Aliado a esta previsão, as recentes valorizações das cotações em Chicago podem levar o mercado a um movimento de realização de lucros, pressionando negativamente os futuros na CBOT.
Mesmo com a previsão de melhora climática para os próximos dias na ARG, a estimativa da produção no país já apresenta reduções significativas. De acordo com a Bolsa de Cereales, as lavouras foram classificadas como boas a excelentes em 5% (ante 7% da semana anterior), 48% normais (ante 46%) e 47% regulares ou ruins (idem semana anterior). O órgão reduziu a estimativa de produção total para 44,5 milhões de toneladas, 14,4% menor que a produção da safra 2021/22. Caso as chuvas não ocorram, o que pode prejudicar ainda mais as lavouras, o fato deve trazer pressão altista para o mercado externo.
No Brasil, com o início da colheita da soja verão e a necessidade de esvaziar os armazéns que ainda possuem milho a ser comercializado, o avanço nas vendas no mercado físico poderá refletir em uma semana com preços estáveis, com viés de baixa.

Para o café,
Previsão climática mantém bons volumes de chuvas e temperaturas amenas nas regiões cafeeiras.
Embora aquém do potencial produtivo, as boas condições climáticas têm favorecido a atual safra de café, que deve ser superior à de 2022, também ensejando otimismo para a próxima safra em 2024 (necessário desenvolvimento vegetativo em 2023 para fase produtiva em 2024). A previsão da Conab de elevação na produção da safra 23 do Brasil demonstra elevação moderada na oferta de café para ciclo 23/24.
Estoques ICE tendem a continuar em ascensão, após mínima de novembro/22, demonstrando recuperação. Já a Green Coffee Association apresenta valores sem alteração significativa.
Espera-se pressão baixista ante clima favorável no Brasil e recuperação de estoques, limitada pela resistência dos produtores aos menores preços atingidos e baixo volume de café remanescente da safra de 2022.

E finalizando com o Boi Gordo temos:
A possibilidade de reabertura econômica da China (flexibilização na política de contenção ao Covid), trouxe valorização do Yuan frente ao dólar. Tal fato pode refletir na recuperação do preço médio da tonelada da carne bovina no mercado internacional e trazê-la a preços mais atrativos para a indústria exportadora.
O relatório do USDA estimou maior volume de compra de carne bovina da China e EUA, podendo limitar baixas nos preços da @ no médio/longo prazos.
Brasil e Austrália devem aumentar sua participação nas exportações globais de carne bovina. EUA, Uruguai e Argentina, concorrentes, terão menor participação em decorrência de oferta restrita de produto exportável.
Estes fatos influenciaram positivamente o mercado futuro do boi gordo no decorrer da última semana e podem refletir no mercado físico no médio prazo.
Já no curto prazo, a Indústria, com escala de abate relativamente confortável, deve ditar o ritmo de negociações e ofertar valores abaixo da referência média. Assim, para próxima semana, espera-se pressão de baixa na cotação da @.

Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
show less
Information
Author Broto
Website -
Tags

Looks like you don't have any active episode

Browse Spreaker Catalogue to discover great new content

Current

Looks like you don't have any episodes in your queue

Browse Spreaker Catalogue to discover great new content

Next Up

Episode Cover Episode Cover

It's so quiet here...

Time to discover new episodes!

Discover
Your Library
Search