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16/01/2023 - Perspectiva semanal: mercado agro

16/01/2023 - Perspectiva semanal: mercado agro
Jan 16, 2023 · 6m 6s

Olá! Hoje é segunda-feira, 16 de janeiro de 2023, meu nome é Thamyres Larcher, sou Assessora na Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil e trago a vocês as expectativas...

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Olá! Hoje é segunda-feira, 16 de janeiro de 2023, meu nome é Thamyres Larcher, sou Assessora na Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.

Iniciando com a soja, destacamos que: No Brasil, há previsão de boas chuvas para o centro-norte, centro-oeste e sudeste do país, embora o excesso de umidade possa atrapalhar o andamento da colheita nos estados do MT e GO. Para o RS, as chuvas permanecem limitadas, podendo ocorrer em algumas regiões do estado. Para a Argentina, há previsão de chuvas, que poderão amenizar as perdas e contribuir para o desenvolvimento das lavouras. Destaca-se que o plantio segue atrasado e o USDA já diminuiu a estimativa de produção do país.

No relatório do USDA de 12/01, houve indicativo de diminuição da produção global, com cortes importantes. No entanto, a demanda foi ajustada para baixo e os estoques globais finais aumentados – fatores de baixa para as cotações. Soma-se a isso o ajuste na demanda da China, conforme USDA. O crescimento menor do PIB e o combate à covid-19 poderão impactar o consumo no país. Ainda seguem presentes como fatores com reflexo na precificação da commodity o risco de recessão mundial e o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Assimilados os dados de redução na oferta mundial, o mercado tende a seguir em estabilidade para o curto e médio prazo, com foco no monitorando da safra da América do Sul e demanda global.

Em relação ao milho, com a divulgação do relatório de Oferta e Demanda pelo Departamento de Agricultura Americano na última quinta-feira (12/01), a semana poderá seguir um movimento de maior volatilidade, conforme o mercado for interpretando a sinalização das estimativas do USDA, trazendo um viés de baixa nas cotações em Chicago, com possíveis realizações de lucros pelos traders, após valorização da semana anterior.

Há previsões de maior volume de chuvas na região norte da Argentina, entretanto a janela de plantio do milho tardio está se encerrando. De acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o plantio que era estimado em 7,3 milhões de hectares deverá ficar em 7,1 milhões. As lavouras foram classificadas como boas a excelentes em 7% (ante 13% da semana anterior), 46% normais (ante 55%) e 47% regulares ou ruins (ante 32%). Esse relatório argentino mostra uma piora nas condições dos campos e podemos ter um suporte nas cotações em Chicago.

No Brasil, as cotações têm se mantido em patamares elevados, com o dólar influenciando na precificação final. Assim, há perspectivas de preços em estabilidade, a depender da movimentação do câmbio.

Para o café, também cabe destacar que: A previsão climática indica possibilidade de bons volumes de chuvas e temperaturas amenas nas regiões cafeeiras do Brasil, em especial em áreas de produção do arábica em Minas Gerais, fator que pressiona negativamente as cotações do café. Como fundamento altista, a Colômbia, segundo maior produtor de café arábica, reportou decréscimo de 8% nas exportações em 2022. Na produção, houve queda de 12%, reflexo do clima chuvoso e nublado decorrente do fenômeno La Niña.

De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafe), a preliminar de dezembro deve levar as exportações do grão a 39,3 milhões de sacas em 2022, ante 40,6 milhões de sacas no ano anterior.

Segundo o USDA, os estoques finais mundiais devem ficar em 32,56 milhões de sacas neste ciclo, valor inferior à média dos últimos 5 anos. Face às baixas expressivas, em especial na última semana, espera-se alguma correção no curto prazo nas cotações externas, principalmente se o movimento recente de desvalorização do dólar ante o real continuar na próxima semana.

E para o Boi Gordo, destacamos que: O recente fortalecimento da moeda chinesa em relação ao dólar, impulsionado pela reabertura econômica iminente na China, podem indicar que o valor da tonelada da carne in natura encontrou um preço mínimo e pode iniciar um movimento de reação e chegar a patamares que tornem a exportação mais atrativa para a indústria, fato que afetaria positivamente o valor da arroba no mercado físico no médio prazo.

O consumo de carne bovina pela população, tradicionalmente, tende a se manter baixo em janeiro. Além do período ser caracterizado pelo aumento de despesas (IPVA, IPTU, material escolar), observa-se redução nos preços das principais proteínas concorrentes, frango e suíno. Por essa razão, somado ao avanço do mês e restrição orçamentaria das famílias, não se esperam valorizações nos preços da arroba no curto prazo.

Ainda, com as escalas de abate alongadas, frigoríficos tendem a continuar ofertando preços abaixo da referência. Por outro lado, as chuvas trouxeram boas condições de pastagem, principalmente no Centro-Oeste e Norte, fator que aumenta o poder do pecuarista em reter o gado e esperar o melhor momento para comercializar. Dessa maneira, espera-se um cenário de preços estáveis no curto prazo.

Desejamos a todos os produtores rurais um excelente 2023 e continuem contando sempre com o Banco do Brasil, o maior parceiro do agronegócio brasileiro, um grande abraço e até a próxima!
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Author Broto
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