Olá! Hoje é segunda-feira, 03 de outubro de 2022, meu nome é Alexandre Bittencourt, assessor na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês hoje as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.
Iniciamos nosso panorama pela soja:
•Em Chicago, o clima de receio em relação ao cenário da economia mundial seguirá exercendo pressão negativa nos contratos futuros de soja que sofre, também, influência de outras commodities. A comercialização da soja norte americana também deverá ser observada, visto que com o feriado até 10 de outubro na China (Golden Week), as exportações tendem a diminuir.
•Em contraponto, o andamento da colheita do EUA e seus dados de produtividade poderão influenciar CBOT. O clima seco, apesar de favorecer a colheita prejudica a maturação de parte das lavouras.
•As condições meteorológicas para o plantio na América do Sul tendem a ser inseridas na precificação internacional. Apesar da perspectiva de La Niña, o clima atual segue favorecendo o plantio, fator de pressão negativa no curto prazo.
•No Brasil, a janela favorável para o plantio a e perspectiva de safra recorde irão pressionar o mercado interno e destravar a comercialização da nova safra. O produtor deverá ficar atento ao câmbio, aproveitando altas para firmar posições de venda. O plantio da safra de soja 2022/23 já atingiu 2% da área total esperada. A semeadura iniciou adiantada nesta temporada superando o total plantado em igual período do ano passado e acima também da média dos últimos cinco anos, ambos indicados em 0,8%.
Para o milho:
•O avanço da colheita de milho nos EUA tende a pressionar negativamente as cotações no mercado externo. As previsões são de temperaturas elevadas e chuvas abaixo da normalidade, o que pode favorecer os trabalhos a campo.
•Soma-se como fator de pressão negativa a preocupação com a economia global e o crescimento econômico de importantes nações.
•Fator que pode atuar como limitador da pressão negativa é o receio com a manutenção do corredor para escoamento de grãos no Mar Negro e o avanço do conflito entre Rússia e Ucrânia.
•No Brasil, o produtor ainda segue retraído nas vendas de milho no mercado físico, fator que, atrelado ao movimento cambial, tende a limitar o reflexo das baixas externas no preço doméstico durante a semana, refletindo em estabilidade dos preços.
•A previsão climática aponta para acumulados de chuva significativos para a região Centro-Sul do Brasil, maiores que 50 mm em áreas do Sul de MG, RJ e parte de SP, que poderão contribuir para elevar a umidade no solo e favorecer o plantio da safra 2022/23 nestes estados.
Para o café:
•Maior oferta da safra brasileira de 2022, ainda que em volume inferior ao previsto, deve manter pressão negativa nos preços externos no curto prazo.
•Precipitação e bom início da safra, com abotoamento e floradas em bom volume, aumentam otimismo com tamanho safra 2023 mas discussões sofre efeitos negativos do período seco ainda são motivos de preocupação.
•O menor volume da safra 2022 e consequente manutenção de estreitamento na relação estoque consumo devem sustentar especulações é limitar redução de cotações no médio prazo.
•Previsões de continuidade nas chuvas reduzem incertezas, mas intensidade e reflexos da estiagem anterior na produção ainda mantêm especulações sobre efeito do clima no também no médio prazo.
•Apesar do direcionamento de baixa no custo prazo, a volatilidade deve permanecer elevada no mercado, direcionada pela oferta disponível no Brasil, direcionamento cambial, tensões geopolíticas mundiais, cenário interno e consumo mundial.
E finalizando com o Boi Gordo temos:
•O mercado de reposição segue lento e com preços estáveis. Assim, deve acompanhar o mercado físico do boi gordo no curto prazo.
•Para a primeira quinzena de outubro, a expectativa é de recuperação nos preços da carne bovina, em decorrência da entrada dos salários na economia interna, fato que motiva a reposição entre atacado e varejo.
•A ocorrência de chuvas deve melhorar a capacidade de suporte das pastagens e permitir aos criadores segurar o animal no pasto por mais tempo. No entanto, para o confinador traz a dificuldade de retenção do animal, uma vez que os custos de nutrição ainda exercem pressão sobre as margens da atividade.
•Considerando o fraco fluxo de negócios e a pressão exercida pelos frigoríficos sobre o preço da @ do boi gordo, espera-se que o mercado físico do boi gordo opere com viés de baixa na próxima semana.
Conte sempre com a assessoria especializada em Agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável!
Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana e até a próxima!
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