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23/10/2023 - Perspectiva semanal: mercado agro

23/10/2023 - Perspectiva semanal: mercado agro
Oct 23, 2023 · 7m

Olá! Hoje é segunda-feira, 23 de outubro de 2023, meu nome é Fabíola Lira, sou assessora de agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do...

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Olá! Hoje é segunda-feira, 23 de outubro de 2023, meu nome é Fabíola Lira, sou assessora de agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.
Iniciando com a soja, espera-se que A colheita nos EUA avance. A NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) prevê temperatura abaixo do normal e ocorrência de chuvas pequenas, principalmente, nos estados localizados na região Centro-Norte do meio oeste americano. Nos fundamentos não há grandes notícias para influenciar a CBOT, relacionadas ao fechamento da safra nos EUA. Os principais players já estão monitorando o plantio e os efeitos do clima na América do Sul. No macro cenário geopolítico, as preocupações quanto a uma escalada do conflito entre Israel x Hamas, no Oriente Médio, podem causar possíveis problemas com o abastecimento de petróleo no mundo, impactando indiretamente os indicadores de crescimento econômico globais. Para o Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), prevê chuvas mais volumosas para as regiões do Centro-Oeste, Sudeste, Sul e parte do Centro-Norte do país, podendo aumentar o ritmo de plantio e favorecer o desenvolvimento das lavouras nessas regiões. Nos fundamentos da cultura, não há grandes novidades dos dados de demanda e oferta, assim, segue a percepção de safra volumosa na América do Sul, que devem manter o mercado interno com viés de baixa para o curto e médio prazos.
No tocante ao milho, A previsão climática aponta para temperaturas acima da média para os próximos dias no cinturão de milho americano, podendo ser favorável para manutenção do bom ritmo de colheita no país. Com o aumento da oferta estadunidense, os futuros na CBOT podem se manter pressionados negativamente. Adicionalmente, as dificuldades logísticas com a seca do Rio Mississippi, limitando o carregamento das barcaças no país, contribuem para este cenário. Caso as tensões geopolíticas no Oriente Médio se atenuem, os preços no cenário externo podem perder o suporte advindo do conflito, sendo mais um fundamento baixista para o cereal na CBOT. O mercado volta a observar atentamente a evolução da semeadura da soja verão e se possíveis atrasos poderiam impactar na janela ideal de cultivo do milho 2ª safra. As cotações internas podem seguir um movimento de estabilidade e manutenção dos preços nos patamares atuais, com os vendedores retraídos e buscando melhores condições para avançar nas vendas e compradores abastecidos no curto prazo, apostando em maiores quedas para o grão brasileiro. Para o café, destaca-se que, No Brasil, as precipitações até 19/10 mantém a umidade do solo e favorecem floradas e desenvolvimento da safra até o momento. Os estoques ICE NY de café lavado atingiram 431.772 sacas em 18/10, resultado que alcançou 11 meses e 8 dias de baixa no arábica. Considerando que o Vietnã atingiu o menor estoque de passagem dos últimos 4 anos, é aguardada a redução das precipitações para o início da colheita da safra atual. A América Central e Colômbia também encontram-se em estágios iniciais de colheita, com expectativa de uma melhora na produção colombiana, depois dos efeitos negativos do La Niña que ocasionaram nebulosidade e precipitação sobre as safras passadas. As exportações de arábica têm elevação de 12% nos 3 primeiros meses da safra 23, atingindo 7,3 milhões de sacas. Já o conilon tem alta expressiva de 329% no mesmo período, atingindo 1,8 milhão de sacas, ante 0,4 milhão em 2022. Com o apoio do conilon, o total de café verde exportado na safra brasileira atinge 9,09 milhões de sacas, ante 6,9 milhões no ano anterior. A elevação nos preços na semana anterior aumentou a participação do produtor brasileiro nas vendas, porém ainda aguardam melhoras na entressafra.
Quanto ao Boi Gordo, é importante frisar que: O preço da carne bovina no mercado internacional segue desvalorizado, sobretudo em razão da China, nossa principal compradora, pagar menos pela tonelada do produto. Ainda assim, seguimos com a expectativa de um bom ritmo de exportação até o final do ano, motivado pelo volume de compras realizadas pelo gigante asiático, que se prepara para as festividades do Ano Novo Lunar. A carne bovina no mercado doméstico ainda é pouco competitiva em comparação com outras proteínas, principalmente na concorrência com a carne de frango. Entretanto, a relação de troca entre estas proteínas está menor. A entrada parcial do 13º salário, festividades de fim de ano e a criação de empregos temporários trazem otimismo, pois estimula o consumo interno de carne, em especial a carne bovina, preferida entre os consumidores.
A menor disponibilidade de animais prontos para o abate em outubro, em decorrência do baixo preço da arroba em agosto, fato que desmotivou o pecuarista em investir na atividade de confinamento no período de inverno, pode trazer viés positivo na cotação do boi gordo para este trimestre, uma vez que a tendência é de que a indústria pague mais pela arroba a fim de repor a escala de abate.
Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
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Author Broto
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