Olá! Hoje é segunda-feira, 08 de janeiro de 2024, meu nome é Fabiola Lira, sou assessora de agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.
Iniciando com a soja, espera-se que O mercado tenha poucas movimentações até o próximo relatório emitido pela Conab em 10/01 e pelo USDA dia 12/01 com possibilidade de cortes na safra brasileira e manutenção nos demais países produtores, e o cenário climático que receberá novas interpretações pelas previsões de chuvas em todos os estados produtores com a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul e melhoria das condições gerais das lavouras. O padrão chuvoso deverá permanecer nos próximos dias para a América do Sul, conforme as publicações da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration). Para o Brasil, nesta semana o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) ainda prevê bons acumulados, mas inferiores aos registrados na semana anterior, com características de continuidade no Centro-Norte e no Sul, intercaladas com dias de tempo firme. O cenário segue favorável para o desenvolvimento das lavouras. Com as precipitações previstas para os próximos dias, a recuperação de parte das lavouras prejudicadas pela estiagem do último trimestre e a incerteza da safra Brasileira, o mercado interno deverá permanecer em lateralidade para curto prazo e ainda viés de baixa para o médio prazo, com estimativa de manutenção da produção Sul-Americana.
No tocante ao milho, O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apresentará no dia 12 de janeiro seu relatório de oferta e demanda de grãos referente ao primeiro mês do ano. O mercado aguarda ajustes na produção do cereal, especialmente na produção da safra brasileira 2023/24. O atraso no plantio da soja verão poderá refletir em menor área de cultivo para o milho segunda safra no Brasil, diminuindo assim a oferta global. Espera-se que o mercado externo siga cauteloso durante a semana, podendo apresentar volatilidade nas cotações com a divulgação do relatório na próxima sexta-feira. Na Argentina, de acordo com a Bolsa de Cereais, o plantio do milho chegou à 70% da área total prevista (7,1 milhões de hectares). O órgão estimou que 87% do total já implantado encontra-se em condições boas a excelentes. Internamente, os preços podem se manter estáveis nos patamares atuais, com os vendedores ainda retraídos. Suporte adicional no curto prazo poderá vir da divulgação pela Conab, no dia 10/01, do seu 4º Levantamento Safra 2023/24, caso ocorra nova redução da estimativa de produção brasileira. Para o café, destaca-se que, A meteorologia mantém previsão de chuvas mais regulares e elevação das temperaturas para os próximos dias, criando incertezas para o desenvolvimento da safra, mas seus efeitos somente serão evidenciados no transcorrer do primeiro trimestre de 2024. Os embarques de café em dezembro/23 permaneceram lentos, mas foram apresentados relatórios de elevação das exportações no mês de novembro, impactando os preços em dezembro. As baixas negociações verificadas durante o final de ano ainda não pressionam os preços atuais e os futuros. Os estoques menores nos países consumidores, em função de política de compras conforme necessidade e as vendas comedidas pelos produtores, ainda proporcionará volatidade nas cotações. Apesar da melhora nas condições climáticas nas regiões produtoras, o clima ainda gera incertezas na produção futura. Diante dessas incertezas que ainda permeiam a produção de café, principalmente no Brasil, e apesar do arrefecimento normal dos negócios na virada do ano, e também levando em conta os estoques externos mais reduzidos, consideramos uma perspectiva de manutenção nos preços.
Quanto ao Boi Gordo, é importante frisar que: Com as chuvas retornando às principais regiões produtoras de bovinos levará a um cenário de recuperação das pastagens e os pecuaristas podendo reter os animais por mais tempo, há possibilidade de redução da oferta. Os gastos de início de ano, como impostos e materiais escolares, pressionam o poder de compra da população. Dessa forma, no mercado doméstico, as proteínas concorrentes, como a carne de frango, continuam sendo mais competitivas quando comparadas com a carne bovina, existindo a possibilidade de migração do consumidor para a fonte de proteína de menor valor. O mês de janeiro pode ser de preços firmes da arroba, com equilíbrio entre demanda e oferta.
Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
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