A apresentação da identidade de gênero desde cedo é exposta a nós, desde crianças, independente dos pais, amigos ou parentes, já temos indícios de experiência com outras identidades de gênero e sexualidade. As características da sexualidade são determinadas por muitos aspectos, como a herança genética passada pelos pais, funcionamento das glândulas e hormônios do corpo, primeiras experiências de socialização, a cultura e as experiências durante a vida. A dificuldade para se expressar de acordo com o que nos identificamos é porque a nossa sociedade a discriminação em relação a aqueles que não se adequam a um certo padrão. A incentivação das pessoas serem cisgênro e serem heterossexuais compõe nossa sociedade há muito tempo, discriminando aqueles que não se adequam a essa classificação. Os pais esperam que os filhos sigam esse padrão, tendo suas mudanças, em em maioria, criando uma idealização na cabeça sobre o que o filho precisa ser e quais caminhos precisam seguir, como se tivesse um “certo” e um “errado” em um aspecto do qual não há um lado incorreto. Por muitos anos (ainda sendo uma realidade preservada em nossa sociedade em muitos países e pessoas), a homossexualidade foi vista como uma doença, um crime e um pecado. A influência religiosa em relação a descoberta é extremamente agravante, tendo-se em conta que grande parte das pessoas exercem uma religião, e muitas delas acreditam que ter relações ou sentir-se atraído por alguém do mesmo gênero seja errado, uma vez que esse tipo de contato amoroso e sexual entre os mesmos gêneros foi tratado com preconceito, descriminalização e intolerância. Assim, a dificuldade de uma pessoa homossexual ou qualquer outro amplo que não englobe a sexualidade heterossexual é maior e muitas vezes não aceita pela sociedade, principalmente pela família (também há casos que há a aceitação familiar, mas na sociedade ainda há todo esse preconceito). Então, normalmente os pais impõem e reprimem (em sua maioria) os filhos a partir das manifestações culturais de gênero e sexualidade que os mesmos acreditam, não dando espaço para os filhos terem suas próprias opiniões sobre essas crenças e seguirem o que são e o que acham certo. As questões que a sociedade impõe sobre os outros em relação à sexualidade e identidade de gênero estão além do que uma pessoa pode fazer. Por isso, muitos adolescentes só entendem e descobrem a comunidade LGBT, classificando-se nela ou não, a partir que os mesmos têm contato com pessoas de fora da família, de outras culturas e que apresentam outro pensamento, já que muitos pais tentam privar a criança desse grupo social, com medo de que os filhos se adequem a essas pessoas. O medo dos filhos “virarem LGBTs” (o que nunca pode acontecer, já que não é uma escolha) ou que se descubram, entendam que não existe só a sexualidade hétero ou a identidade de gẽnero cis (que é diferente de sexo, uma vez que gênero é uma construção social idealizada referênte à genitária da pessoa, o sexo, tendo em questão também pessoas interssexo, que apresentam características físicas masculinas e femininas) e se identifiquem. A violência contra os adolescentes LGBTQIA + é evidente no mundo, e no Brasil (o país que mais mata LGBTs no mundo), por exemplo, no Amapá, muitos jovens estão adoecendo por questões psicológicas relacionadas à homofobia. Segundo o G1, em uma fala do diretor de relações institucionais da União Nacional LGBT, o mesmo fala:“Jovens LGBTs estão adoecendo por homofobia psicológica, que é você reproduzir um discurso LGBTfóbico. É o que leva esses jovens ao adoecimento, de não ter acesso a uma política de saúde mental. Isso é um grande problema. Nossa juventude está sendo vítima e infelizmente está encontrando no álcool e em outras drogas, ilícitas, uma forma de enganar essa violência que sofre da sociedade”. Muitos jovens acabam não conseguindo lidar com a homofobia, um grande tabu em nossa sociedade, assim seus estados mentais se transformam em algo silencioso, deprimido, acabam com sua autoestima e impossibilita que tenham relações afetivas. As pessoas, crianças, jovens, adultos… Muitos morrem apenas por sua sexualidade ou identidade de gênero. Muitos jovens acabam procurando formas de se confortar desse problema, podendo cair em uso excessivo do álcool, uso de drogas, aumento da depressão e ansiedade (aumento de problemas mentais), possível ação suicida… Com isso, a maior dificuldade de acessos de saúde a essas pessoas dificultam o seu melhoramento. É necessária a aceitação da sociedade e maior estudo sobre essa temática com objetivos de conseguir recuperar a qualidade de vida e mental dessas pessoas. A necessidade de sessões psicológicas com adolescentes LGBTs são maiores, uma vez que toda essa bagunça e falta de aceitação afetam o seu estado mental. Essa ajuda pode melhorar na autoestima, problemas mentais e outros tipos de inseguranças em relação ao adolescente, uma vez que é preciso expor os problemas e tentar resolvê-los (mesmo que o problema seja social). Por todas essas questões, muitas pessoas demoram, demoram ou não se aceitam, tem uma incerteza ou têm medo de serem julgadas. Muitas pessoas, por isso, acabam escondendo suas verdadeiras identidades, além de não proporcionar a liberdade de expressão, isso pode garantir anos de sofrimento, frustração e possivelmente suicídio a essas pessoas. Essa liberdade para expressar-se e demonstrar a verdadeira identidade de alguém é necessária para o bom desenvolvimento psicológico saudável de qualquer pessoa.