25 AUG 2020 · As Mulheres do Curtume, que vêm aos poucos resgatando e revivendo a tradição de jogar versos, cantam versos tradicionais da comunidade. Sobre as rodas de verso: Jogar verso, como se diz no Vale do Jequitinhonha, é uma tradição da gente linda que vive nessa região tão isolada de Minas Gerais. Em festas e nos encontros das comunidades, as pessoas se juntam para cantar rodas de verso. Os versos também estão presentes durante o trabalho: na roça, no bordado, no tear... Os versos são compostos em quadrinhas. Cada quadrinha tem 4 versos, com 7 sílaba cada, sendo que a rima acontece na sílaba tônica das últimas palavras do 2˚ e do 4˚ versos. Fortalecimento da tradição: O batuque e a tradição de jogar verso vêm aos poucos perdendo sua força em toda a região do Vale do Jequitinhonha. A chegada dos telefones, trazendo a cultura de fora para dentro das comunidades, assim como as restrições impostas por algumas igrejas evangélicas são alguns dos fatores que contribuem para o enfraquecimento dessa tradição. Na comunidade rural do Curtume, onde moram 96 famílias, os batuques já não aconteciam. As mulheres, que estavam se encontrando e cantando pouco, andavam estristecidas. Desde 2015, a AJENAI iniciou um trabalho de fortalecimento dos vínculos e da cultura local, dentro do escopo do projeto Mulheres do Jequitinhonha. Uma vez por semana, as mulheres se reuniam e, juntas, foram aos poucos relembrando suas histórias e tradições. Assim, surgiu o grupo Bordadeiras do Curtume. As cerca de 30 mulheres se reúnem não apenas para bordar, mas também para cantar e dançar. Enquanto bordam, jogam versos, brincando umas com as outras. O convívio em alegria e a valorização da cultura própria ajudou muitas delas a superar desafios como depressão, síndrome do pânico, timidez excessiva etc. E, assim, jogar verso e batucar voltou a fazer parte do cotidiano do Curtume.

25 AUG 2020 · A jovem Karen, integrante do Coral Ribeirão de Areia, apresenta o grupo e fala sobre o trabalho de pesquisa que estão realizando no momento. Para o novo repertório do Coral, os jovens estão aprendendo, com os senhores e as senhoras, cantigas do Vale do Jequitinhonha que guardam na memória. Você poderá ouvir a linda cantiga que o grupo está aprendendo com o Senhor Beda, da comunidade de Água Branca, com o apoio da Casinha de Cultura de Arai. Além disso, você poderá ouvir três canções que fazem parte do primeiro CD gravado pelo Coral Ribeirão de Areia, em 2015. São elas: - Juntos, um coral: de autoria da jovem Karen Antônia, que apresenta esse episódio - Ananás, do compositor mineiro Jorge Dikamba - Tropeiro, de domínio público, cantiga muito popular no Vale do Jequitinhonha.

25 AUG 2020 · O grupo de Pula Corda de Jenipapo de Minas reúne jovens de diversas comunidades do município. Nesse episódio, os jovens convidam as crianças para pular corda e cantam diferentes brincandeiras. Ao final das brincadeiras, Adelsin, especialista em cultura da infância, parceiro e consultor da AJENAI, conta brevemente a história desse grupo.

25 AUG 2020 · Nesse episódio, você vai ouvir a história Brinquinhos de Ouro contada por Elisângela Pedroso, coordenadora da AJENAI, com a participação de sua filha Maria Alice, de Kennedy Lisboa e, ao final, do Coral Ribeirão de Areia. Essa história foi trazida por Adelsin, grande conhecedor da cultura do Vale do Jequitinhonha e parceiro da AJENAI em muitos projetos. Essa é uma história comum no Vale do Jequitinhonha, mas também em outras regiões de Minas Gerais e do Brasil, com diferentes variações. Essa versão, que também foi gravada pelo Coral Ribeirão de Areia em seu CD, foi contada pela mãe do Adelsin, que cresceu na região de Teófilo Otoni em meio a contadores de histórias da regiões dos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha.

25 AUG 2020 · Nesse episódio, Viviane Fortes, coordenadora dos Versinhos de Bem-Querer, apresenta o projeto Versinhos de Bem-Querer, que tem levado a cultura do Vale do Jequitinhonha para todo o Brasil e o mundo. Marli, moradora da comunidade do Curtume que participa do projeto, conta como tem sido a experiência de cantar versinhos para as pessoas de fora, muitas delas doentes ou entristecidas pelo momento que estamos vivendo.

26 AUG 2020 · Rosa Milha, presidente do coletivo Consciência Negra Fé e Resgate, apresenta o grupo que existe há 20 anos, em Jenipapo de Minas, e que busca valorizar a cultura afro-descendente na região. Além de conhecer a história, você poderá ouvir o batuque, gravado durante um dos encontros do grupo, que se reúnem para dançar, brincar, cantar e se firmarem na defesa da cultura negra.

26 AUG 2020 · A trupe de circo das comunidades rurais Bosque e Agrovila surgiu do desejo das próprias crianças e jovens. Com o apoio da AJENAI, que levou oficinas de técnicas circenses para a meninada, o grupo passou a se reunir semanalmente para treinar e brincar, sob a orientação do educador social Kennedy Lisboa. Como não poderia haver Mostra Cultural sem a trupe, convidamos os meninos para apresentar um número de palhaço em nossa Mostra Virtual. Abram alas! Músicas: - Carreirando - Pereira da Viola (faixa 6 - Viola Cósmica) - Formigão - Antônio Nóbrega (Faixa 13 - Pernambuco falando para o Mundo)

26 AUG 2020 · A jovem Maria Elisândra apresenta brevemente o grupo de dansa de Sant'Ana, composto por jovens dessa comunidade que manifestaram para a AJENAI o desejo de aprender diferentes danças brasileiras.

29 AUG 2020 · Além das apresentações dos grupos artísticos e culturais locais, a Mostra Cultural Jenipapo de MInas conta com apresentações de músicos de outras regiões do Vale do Jequitinhonha. Esse ano, Rubinho do Vale, Pereira da Viola e Sandrão, do grupo Arangaio, participaram de nossa programação virtual. Nesse epidósio, além de um recado dos três grupos para a população de Jenipapo de Minas, você poderá ouvir também as seguintes canções: - O Menino e o mar, de Rubinho do Vale - Trem da história, de Rubinho do Vale - Cantigas de Sabiá, de Rubinho do Vale - Eu tenho saudade, de Pereira da Viola - Menina Flor, de Pereira da Viola - Bicho Calango, de Pereira da Viola - Senhora do Rosário, de Arangaio