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Você já percebeu que a quantidade de mulheres negras que você vê quebrando nas ondas não é proporcional à quantidade de mulheres negras que você vê no ranking da WSL ou numa surf trip descompromissada? Se não percebeu, provavelmente é porque não é negra e não sentiu falta de se ver representada.

Nesse episódio, Érica Prado, jornalista de surf e ex-surfista profissional conversa com Carolina Bridi sobre um dos assuntos mais necessários no ambiente conservador que é o surf.

"Ah! Blablabla conservador..." Se alguém ainda acha que isso é conversinha, pode gastar o português porque, contra a realidade, não há argumento. O racismo estrutural de uma sociedade que achou (e acha até hoje) natural não indenizar as vítimas da escravidão achata as oportunidades de igual desenvolvimento entre negros e brancos. Quando juntamos à equação o gênero e as distâncias de um país tão desigual quanto o Brasil, só não percebe quem não quer. Mulheres negras e nordestinas partem de muitos degraus abaixo nessa escadinha de privilégios que é a vida. Muitos degraus abaixo do que a maioria de quem consegue correr atrás do surf profissional com condições suficientes de segurar os perrengues até atingir todo seu potencial e ser reconhecido.

Por isso, a Érica criou o movimento Surfistas Negras. Além de repórter do canal Woohoo, ela também tem no currículo o título de campeã baiana de surf profissional. Nessa conversa, ela traz tanta razão, que a gente só pode agradecer pelo privilégio de poder ouvir. Se eu fosse você, faria o mesmo:
Você já percebeu que a quantidade de mulheres negras que você vê quebrando nas ondas não é proporcional à quantidade de mulheres negras que você vê no ranking da WSL ou numa surf trip descompromissada? Se não percebeu, provavelmente é porque não é negra e não sentiu falta de se ver representada. Nesse episódio, Érica Prado, jornalista de surf e ex-surfista profissional conversa com Carolina Bridi sobre um dos assuntos mais necessários no ambiente conservador que é o surf. "Ah! Blablabla conservador..." Se alguém ainda acha que isso é conversinha, pode gastar o português porque, contra a realidade, não há argumento. O racismo estrutural de uma sociedade que achou (e acha até hoje) natural não indenizar as vítimas da escravidão achata as oportunidades de igual desenvolvimento entre negros e brancos. Quando juntamos à equação o gênero e as distâncias de um país tão desigual quanto o Brasil, só não percebe quem não quer. Mulheres negras e nordestinas partem de muitos degraus abaixo nessa escadinha de privilégios que é a vida. Muitos degraus abaixo do que a maioria de quem consegue correr atrás do surf profissional com condições suficientes de segurar os perrengues até atingir todo seu potencial e ser reconhecido. Por isso, a Érica criou o movimento Surfistas Negras. Além de repórter do canal Woohoo, ela também tem no currículo o título de campeã baiana de surf profissional. Nessa conversa, ela traz tanta razão, que a gente só pode agradecer pelo privilégio de poder ouvir. Se eu fosse você, faria o mesmo: read more read less

3 years ago #flamboiar, #surf, #surfe, #surffeminino, #wsl