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Olá! Hoje é segunda-feira, 31 de outubro, meu nome é Gustavo Motta, assessor na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês hoje as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.

Iniciamos nosso panorama pela soja:

 A consolidação da colheita dos EUA e os trabalhos de plantio da safra brasileira serão os principais indicadores para o mercado. Somados a isso, os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional também devem ser observados, que devem ainda manter suas compras nos EUA.

 No financeiro, a volatilidade ligada à indicadores econômicos ao redor do mundo e à guerra entre Rússia e Ucrânia são pontos de atenção. Uma possível recessão da economia mundial poderá exercer pressão negativa nos contratos futuros de soja frente ao posicionamento de grandes fundos de investimento.

 As condições meteorológicas para o plantio no Brasil vão gradativamente direcionando as cotações internacionais. Os modelos climáticos apontam transição do fenômeno La Niña para neutralidade a partir de fevereiro de 2023. Os trabalhos de plantio no Brasil seguem avançando e podem atingir 50% da área estimada. Para a semana, o mercado segue ainda sem direção, aguardando novas notícias, o que mantém o indicativo de estabilidade, porém com viés de baixa no médio prazo.

Em relação ao milho:

 Com mais uma semana de previsão de clima favorável para a colheita americana, que está chegando na sua reta final, o aumento da disponibilidade de oferta do grão e a demanda menor pelo milho norte-americano nas exportações poderão refletir negativamente nas cotações nesta semana.

 As exportações americanas de milho, divulgadas semanalmente pelo USDA, estão em volume abaixo do que o mercado esperava. Caso o ritmo continue aquém nesta semana, pressão negativa adicional poderá influenciar os futuros em Chicago.

 Apoio para as cotações na CBOT poderá vir caso as negociações para a continuidade do acordo de grãos pelo Mar Negro não avancem na semana.

 No mercado interno, o desfecho das eleições presidenciais e oscilações do dólar podem trazer volatilidade nas cotações domésticas, apesar do feriado na quarta-feira, que traz uma semana de negociação mais curta.

 Assim, seguindo fundamentos externos as cotações brasileiras tendem a seguir em certa estabilidade na semana, contudo tendem a sofrer elevada volatilidade adicionada pelo câmbio.

Para o café:

 O início de colheita em regiões da América Central e no Vietnam, com clima favorável, aumentam a disponibilidade e o otimismo com maior oferta mundial.

 Aumento de taxas de juros em países consumidores e consequente redução da atividade econômica no combate ao processo inflacionário continuam a preocupar e pressionar a demanda, apesar do aumento da atividade torrefadora no hemisfério norte.

 Mercado ainda invertido, redução de spreads e de posição comprada de fundos devem testar mínimas em busca de novo patamar de preços, haja vista previsões de bom volume para a safra 2023 (aumento da oferta futura). Com isso, os preços tendem a permanecer pressionados negativamente e produtor limitará vendas a compromissos, deixando o mercado com baixa liquidez na semana e preços em pressão baixista.

 Apesar da expectativa de maior oferta mundial neste ciclo, a menor safra Brasil em 2021 e 2022 ajudam reduzir a intensidade negativa da curva de preços neste ano agrícola.

E, finalizando com o boi gordo, temos:

 No mercado de reposição, o cenário aponta continuidade de queda na cotação do bezerro, em decorrência do avanço da oferta de animais. O valor do boi gordo no mercado físico também enfraquece a procura pela reposição.

 Frigoríficos devem permanecer com escala de abate confortável, comprando pontualmente face a dificuldade de escoamento da produção em virtude da demanda interna ainda fraca, fator que tende a continuar pressionando negativamente o valor da arroba. Somado a isso, inicia-se a oferta dos animais do 2º giro do confinamento, o que deixa o ambiente de negócios mais favorável aos compradores e indica manutenção do movimento baixista nos preços da arroba do boi gordo no curto prazo.

 É importante destacar que, embora a tendência seja de movimento de queda no curto prazo, espera-se que ocorra uma recuperação na demanda interna a partir de novembro (13º salário, Copa do Mundo e festividades), quando cresce a procura por cortes bovinos e os preços nas gondolas aumentam. Isso pode refletir em algum ajuste positivo nos preços da arroba.

Conte sempre com a assessoria especializada em Agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável!

Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
Olá! Hoje é segunda-feira, 31 de outubro, meu nome é Gustavo Motta, assessor na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês hoje as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo. Iniciamos nosso panorama pela soja:  A consolidação da colheita dos EUA e os trabalhos de plantio da safra brasileira serão os principais indicadores para o mercado. Somados a isso, os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional também devem ser observados, que devem ainda manter suas compras nos EUA.  No financeiro, a volatilidade ligada à indicadores econômicos ao redor do mundo e à guerra entre Rússia e Ucrânia são pontos de atenção. Uma possível recessão da economia mundial poderá exercer pressão negativa nos contratos futuros de soja frente ao posicionamento de grandes fundos de investimento.  As condições meteorológicas para o plantio no Brasil vão gradativamente direcionando as cotações internacionais. Os modelos climáticos apontam transição do fenômeno La Niña para neutralidade a partir de fevereiro de 2023. Os trabalhos de plantio no Brasil seguem avançando e podem atingir 50% da área estimada. Para a semana, o mercado segue ainda sem direção, aguardando novas notícias, o que mantém o indicativo de estabilidade, porém com viés de baixa no médio prazo. Em relação ao milho:  Com mais uma semana de previsão de clima favorável para a colheita americana, que está chegando na sua reta final, o aumento da disponibilidade de oferta do grão e a demanda menor pelo milho norte-americano nas exportações poderão refletir negativamente nas cotações nesta semana.  As exportações americanas de milho, divulgadas semanalmente pelo USDA, estão em volume abaixo do que o mercado esperava. Caso o ritmo continue aquém nesta semana, pressão negativa adicional poderá influenciar os futuros em Chicago.  Apoio para as cotações na CBOT poderá vir caso as negociações para a continuidade do acordo de grãos pelo Mar Negro não avancem na semana.  No mercado interno, o desfecho das eleições presidenciais e oscilações do dólar podem trazer volatilidade nas cotações domésticas, apesar do feriado na quarta-feira, que traz uma semana de negociação mais curta.  Assim, seguindo fundamentos externos as cotações brasileiras tendem a seguir em certa estabilidade na semana, contudo tendem a sofrer elevada volatilidade adicionada pelo câmbio. Para o café:  O início de colheita em regiões da América Central e no Vietnam, com clima favorável, aumentam a disponibilidade e o otimismo com maior oferta mundial.  Aumento de taxas de juros em países consumidores e consequente redução da atividade econômica no combate ao processo inflacionário continuam a preocupar e pressionar a demanda, apesar do aumento da atividade torrefadora no hemisfério norte.  Mercado ainda invertido, redução de spreads e de posição comprada de fundos devem testar mínimas em busca de novo patamar de preços, haja vista previsões de bom volume para a safra 2023 (aumento da oferta futura). Com isso, os preços tendem a permanecer pressionados negativamente e produtor limitará vendas a compromissos, deixando o mercado com baixa liquidez na semana e preços em pressão baixista.  Apesar da expectativa de maior oferta mundial neste ciclo, a menor safra Brasil em 2021 e 2022 ajudam reduzir a intensidade negativa da curva de preços neste ano agrícola. E, finalizando com o boi gordo, temos:  No mercado de reposição, o cenário aponta continuidade de queda na cotação do bezerro, em decorrência do avanço da oferta de animais. O valor do boi gordo no mercado físico também enfraquece a procura pela reposição.  Frigoríficos devem permanecer com escala de abate confortável, comprando pontualmente face a dificuldade de escoamento da produção em virtude da demanda interna ainda fraca, fator que tende a continuar pressionando negativamente o valor da arroba. Somado a isso, inicia-se a oferta dos animais do 2º giro do confinamento, o que deixa o ambiente de negócios mais favorável aos compradores e indica manutenção do movimento baixista nos preços da arroba do boi gordo no curto prazo.  É importante destacar que, embora a tendência seja de movimento de queda no curto prazo, espera-se que ocorra uma recuperação na demanda interna a partir de novembro (13º salário, Copa do Mundo e festividades), quando cresce a procura por cortes bovinos e os preços nas gondolas aumentam. Isso pode refletir em algum ajuste positivo nos preços da arroba. Conte sempre com a assessoria especializada em Agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável! Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima! read more read less

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